segunda-feira, 22 de junho de 2009

Resultados de uma briga


Por Flávio Ricco

Todo esse barulho causado, a partir do instante em que a Record revelou interesse em Gugu Liberato, mais uma vez nos dá a certeza que planejamento e organização não são as palavras de ordem entre a maioria das emissoras brasileiras.
O que se vê e se pratica nos bastidores, nessas últimas horas, não nos surpreende. É a mesma e estúpida irresponsabilidade de sempre.
Não por acaso a Globo ocupa o lugar que está. A impressão, quase uma certeza, é que os seus passos são calculados. Nada é feito no calor dos acontecimentos.
A Band, entre as grandes redes, pode entrar no quadro das exceções, porque lá também existe respeito ao dinheiro.
Quanto às outras, SBT e Record, nem isso. Se na Record o que move é a posição da Igreja, no SBT é a exacerbada vaidade que está acima de tudo.
Porque a Record quis o Gugu, Eliana e Roberto Justus foram imediatamente chamados pelo SBT.
Daniel Castro, na "Folha de S. Paulo", ainda diz que Celso Freitas pode ser o próximo. O mesmo Celso Freitas que Silvio Santos descartou em 1999, quando teve seu nome lembrado e cotado para substituir Marília Gabriela na apresentação do "SBT Repórter".
Para os artistas este é um momento especialmente interessante. De uma hora pra outra, são reconhecidos e passam a receber salários que nunca imaginaram. Estão adorando. E quem não adoraria?
Só que alguém inevitavelmente será obrigado a pagar essa conta.
A mesma técnica que determinadas emissoras hoje utilizam para fazer as suas retumbantes contratações, amanhã será usada para dispensar os funcionários mais modestos.
Pior é que todos já assistimos a este filme. O final é sempre muito previsível.

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