terça-feira, 27 de outubro de 2009

Novo programa de Gugu pode misturar humor e entrevista

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Em entrevista ao Jornal Meio & Mensagem (veículo dirigido ao mercado publicitário e mídias), Augusto Liberato, o Gugu, é apontado como o ‘homem de R$ 3 milhões’. Isso, por causa da recente negociação que envolveu o apresentador e as emissoras Record e SBT. Depois de 35 anos trabalhando com Silvio Santos, Gugu migoru para a concorrente. A proposta foi irrecusável: R$ 3 milhões, um dos maiores da TV brasileira, além de um contrato de oito anos.

Entre outras coisas, Gugu fala na entrevista sobre a mudança que agitou o mercado televisivo, sobre sua atração de auditório, o Programa do Gugu, e do talk show que ele irá comandar na Record News.

Confira alguns trechos:

Novo Contrato

“Nunca tive um contrato de oito anos. Um contrato dessa duração é raríssimo em qualquer segmento, ainda mais em televisão. Esse plano de carreira, para mim, foi fundamental. Saber que, além do meu programa de televisão de quatro horas aos domingos, posso ter um programa na Record News, de entrevistas, e fazer algo que na TV aberta ficaria mais difícil, porque é outro público, isso me atraiu.”

Talk Show

“Estamos formatando. Contratamos o (jornalista) Daniel Castro, que era da Folha de S. Paulo, e ele já passou um projeto de formato para ser submetido à direção da Record. A proposta é bem interessante porque mescla entrevistas com a parte de humor, com stand ups durante a entrevista. O stand up fazendo graça em cima daquilo que foi falado. Não é nada definitivo. Assim que o pessoal liberar, fazemos o cenário.”

“Eu queria estrear o programa ontem. Mas dependo dos trâmites normais aqui da casa. A estreia pode ser ainda este ano. Podemos até estrear em novembro.”

Silvio Santos

“Nunca houve da minha parte interesse ou desejo de sucessão. Até porque, uma pessoa do calibre e do talento do Silvio Santos não tem sucessor. Ele é, se existe este termo,’insucedível’”

Programa do Gugu x Domingo Legal

“Na verdade, eu trouxe[para a Record] aquilo que criei [no SBT]. Não é que estamos parecidos com o Domingo Legal. É que aquilo que criei junto com a minha equipe eu trouxe para cá. O quadro forte, Sonhar Mais um Sonho, um quadro de reformas de casas, que realmente construiu sonhos. Outro caso é o De volta pro meu Aconchego, que lá era o De Volta para a Minha Terra, que eu criei também. Então, trouxe aquilo que era criação minha e que dava certo lá e está dando certo aqui. Na verdade, o Programa do Gugu nunca vai ser um programa igual sempre. Ele pode ter uma espinha dorsal, com alguns quadros fixos, mas o público pede mudanças. E essas mudanças vão acontecer. Temos seis programas até agora, é pouco tempo para fazer uma pesquisa e saber a opinião das pessoas. É muito cedo para isso. Mas o programa vai sofrer modificações com o desgaste dos quadros, o que é natural. Isso aconteceu nesses 20 e poucos anos de SBT – acho que o Domingo Legal tem no ar mais de 15 anos. Ele mudou muito do começo até quando o deixei. E acho que vai mudar.”

Início de Carreira

“Entrei em abril de 1974, como office-boy. Tenho a carteira de trabalho assinada até hoje. Depois fui assistente de produção, produtor, diretor de programa, aí me formei em jornalismo pela Cásper Líbero ( faculdade de São Paulo) e fui aos poucos galgando o meu lugar na emissora. É claro que, depois de 35 anos, é muito difícil sair de uma empresa. Mas, ao mesmo tempo, talvez isso tenha contribuído para eu sair. Porque depois de 35 anos, acho que os laços afetivos são muito fortes. É verdade. Mas o SBT hoje passa por uma transformação. Foi difícil de romper? Foi. Mas depois de 35 anos você quer novos desafios.”

Erros

“Erros, todos nós cometemos. Não só eu, como a concorrência. O que você não pode é insistir no erro. Errou, ok. Não erre mais. Estou lendo o livro do William Bonner (Jornal Nacional: Modo de Fazer) e em um determinado momento ele diz assim: “Nesses 40 anos de Jornal Nacional, erramos muito”. Isso aconteceu conosco, claro. Mas tentamos fazer aquilo que o público deseja sempre com a preocupação de não escorregar.”

Menos merchandising

“ É uma estratégia da casa. Fazer menos, mas mais elaborado, a um valor da concorrência (no caso, do primeiro lugar). A casa está muito preocupada em não poluir o programa com 10, 15, 30 merchandisings que pagam um valor muito pequeno. Desde o começo eles me avisaram que queriam ter cinco, seis merchandisings. Na época do Natal, oito. Mas vamos cobrar bem por isso.”
deve insistir até determinado ponto. Mantenho uma emissora de televisão, uma concessão em Cuiabá, que está no ar. Tínhamos algumas retransmissoras que foram vendidas já há

Assistencialismo

“É uma tendência mundial. Você vê a Oprah (Oprah Winfrey, popular apresentadora de TV norte-americana). Hoje ela faz isso de forma perfeita. Não é à toa que ela é a mais importante, a mais bem paga e a maior do mundo. E depois nós temos na TV americana mesmo o Extreme Makeover (programa que promove total reformulação no visual do participante) e outros segmentos desse tipo.”

As informações são do O Fuxico.

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