quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Atores de “Toma Lá Dá Cá” se emocionam em gravação do último episódio
Elenco, toda produção e público reuniram-se, nesta terça-feira (17), pela última vez, nos estúdios do Projac, zona oeste do Rio de Janeiro, para o final da série, com o episódio “O Caminho das Estrelas”.
Mesmo em clima de despedida, as piadas, palavrões e gargalhadas rolaram soltos durante a gravação, para alegria da plateia. A cada ameaça de alguém cair aos prantos, antes do término do trabalho, Miguel Falabella, ator e autor do programa, sugeria: “Respira, respira, se não a gente não termina isso hoje”. Assim que Cininha de Paula, diretora geral do programa, agradeceu e parabenizou toda a equipe, Adriana Esteves, Arlete Salles, Fernanda Souza, Miguel Falabella, Stella Miranda, Marisa Orth e boa parte dos profissionais da atração caíram no choro.
Na plateia, alguns também se emocionaram. Um grito ficou no ar: “Mais um!”
Aliás, essa é a esperança de Adriana Esteves, que tentou conter as lágrimas. “Gente, eu não consigo falar [silêncio]. Foi um dia muito delicado. Não foi difícil. Foi um dia muito feliz. Talvez até mais feliz que todos os outros. A gente se gosta pra caramba. Nunca houve um problema com ninguém aqui. Não dá para entender essa separação depois de três anos juntos. O programa tem a mesma idade que a do meu filho mais novo. É uma ruptura”, afirmou a atriz, enxugando as lágrimas que insistiam em cair.
Ela disse que já está torcendo para que o último episódio de “Toma Lá Dá Cá” alcance uma ótima audiência e que haja manifestação dos espectadores para que o condomínio Jambalaya volte à cena.
Adriana relembra que sentiu receio diante do convite de Falabella para interpretar a Celinha. “Achei uma loucura. Será? Puxa, eu ao lado de Arlete Salles, Marisa Orth? Dentro da dramaturgia, eu já vinha fazendo algumas personagens com certa comicidade como a da ‘Comédia da Vida Privada’ (1995) e de algumas novelas. O humor veio chegando aos pouquinhos para mim. O ‘Toma Lá Dá Cá’ foi a minha primeira experiência como comediante mesmo. Deu um medão”, afirmou a atriz, que entra em férias e viaja para a Bahia, terra do marido, Vladimir Brichta.
Também emocionado, Falabella conta que todos estavam se segurando em cena para não chorar. “O casamento acabou, mas não o amor. Talvez a gente possa voltar. As coisas precisam respirar. Prefiro que as pessoas sintam saudades de mim. Quando você tem uma comédia de confinamento como é o ‘Toma Lá Dá Cá’, você, forçadamente, acaba se repetindo. É bom dar uma parada. Um programa tão vitorioso, divertido. A gente foi tão feliz. Nós tocamos em pontos polêmicos da nossa sociedade com humor. Cumprimos a meta de fazer história em quadrinhos com carne e osso. Eu me inspirei nos ‘Simpsons’. Quis fazer desenho animado com pessoas. Dever cumprido”, resumiu Falabella.
Para ele, a grande surpresa positiva foi a atriz Adriana Esteves, que se revelou como comediante. “Ela sempre foi atriz excepcional e entrou com muita entrega e graça nessa comédia-chanchada. Criou uma Celinha muito querida. Usou o carisma dela e conquistou o público. Eu ando pelas ruas e as mulheres imitam os trejeitos dela para mim”.
Fernanda Souza também diz ter aprendido muito com toda equipe e também sua personagem. “Eu poderia ter feito um curso de comédia melhor do que esse? Eu cresci assistindo a estes atores e tive o privilégio de trabalhar com eles. Sonho realizado. Com a Isadora, perdi a vergonha do corpo, coisa que uma atriz não pode ter. Agora uso shorts e saias curtas. Nunca tinha mostrado os gambitos assim, não”, relata Fernanda, que precisou perder sete quilos, alongar os cabelos e pintá-los de loiro.
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